Grupo Focal

Grupo Focal - 02/09/2015
Moderadora - Gostaria de saber se vocês acham que no mercado de trabalho há mais dificuldade para mulher do que para o homem? O que vocês veem sobre isso?
Participante 1 – Sim, há mais dificuldades para a mulher.
Moderadora – Que tipo de dificuldade?
Participante 1 – Sempre teve, olha o negócio é difícil. A mulher fica grávida, eles já pensam que a mulher vai se ausentar mais do serviço, ai já é uma coisa para eles contratarem o homem ao invés da mulher, o homem geralmente não precisa nem ter muito estudo que eles conseguem emprego mais fácil que a mulher, a mulher tem que estudar mais. Até tem serviços de homem que a mulher também faz, mas mesmo assim, geralmente eles escolhem o homem, coisa que só o tempo mesmo para mudar.
Participante 2 – É eu também acho que existe essa dificuldade.
Moderadora – E vocês antes de trabalhar aqui trabalhavam em algum outro lugar?
Participante 2 – Já trabalhei de faxineira, no mutirão da prefeitura.
Moderadora – De faxineira, você já viu algum homem?
Participante 2 – Não, nunca vi.
Participante 1 – de Bába também não.
Participante 3 – Eu acho que tem esse preconceito na questão do emprego da mulher, e que também tem uma contrapartida, pois também te várias mulheres na cidade, que quem sustenta a família é a mulher, e além de sustentar a família, de cuidar do filho, de trazer o dinheiro para casa, não dão trabalho para ela. Acho que é duas vezes injusto. Há essa questão do preconceito porque a mulher vai faltar, primeiro porque pode ficar grávida, depois quando ficou porque fica doente, sempre vai ser a mulher, é também uma questão de distribuição dos papéis dentro da família, do homem e da mulher.
Moderadora – O preconceito começa ali?
Participante 3 – É, o preconceito começa na família, o que a gente viveu na nossa própria família de origem, a gente também depois vai passando na família que forma. Acho que existe sim, é uma coisa que estamos caminhando, mas que ainda tem muita coisa que tem que ser