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Na Bahia também se formaram mocambos e o mais conhecido deles era o Buraco do Tatu, próximo a Salvador, datado de meados do século XVIII. A base da sua economia era a agricultura, mas os quilombolas praticavam alguns roubos às fazendas. Esse mocambo acabou destruído e alguns quilombolas mortos ou presos por uma expedição militar realizada em 1763.

Além da formação de quilombos, os escravos baianos utilizaram outras estratégias de resistência ao sistema escravista. Por volta de 1789, no engenho de Santana, em Ilhéus, os escravos revoltosos assassinaram o mestre de açúcar e fugiram para a floresta. Elaboraram, então, um “Tratado de Paz”, reivindicando melhores condições de trabalho, incluindo dois dias de folga por semana, a permissão para cultivar suas próprias lavouras, comercializar a produção e realizar festas.

Nesse documento, pode-se perceber, além dessas reivindicações, a forma como os escravos organizavam-se, levando em conta a sua origem, pois os revoltosos eram crioulos e faziam questão de se distinguir dos africanos, a quem chamaram genericamente de “negros minas”. Vale a pena citar alguns trechos deste Tratado de Paz:

Meu senhor nós queremos paz e não queremos guerra; se meu senhor também quiser nossa paz há de ser nessa conformidade, se quiser estar que nós quisermos a saber.

Em cada semana nos há de dar os dias de sexta-feira e de sábado para trabalharmos para nós não tirando um destes dias por causa do dia santo.

Para podermos viver nos há de dar rede, tarrafa e canoas.

Não nos há de obrigar a fazer camboas, nem a mariscar, e quando quiser fazer camboas e mariscar mandes os seus pretos Minas.

Faça uma barca grande para quando for para Bahia nós metermos as nossas cargas para não pegarmos fretes.

[...] A tarefa de cana há de ser de cinco mãos, e não de seis, e a dez canas e, cada freixe.

Os atuais feitores não os queremos, faça eleição de outros com a nossa aprovação.

[...] Poderemos plantar nosso arroz onde quisermos, e em

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