genetica

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A emergência da genética no Brasil
No início do século XX, com a 'redescoberta' das leis de Mendel, a genética emergiu como uma promissora área da biologia moderna, conquistando o interesse de cientistas e instituições de diferentes países. Empregada inicialmente nos estudos da variação e hereditariedade em espécies vegetais, a genética rapidamente passou a ser aplicada em pesquisas sobre técnicas de melhoramento de sementes agrícolas e de espécies animais (Mayr, 1982; Carlson, 2004). No campo da medicina, da eugenia e da antropologia física, a genética também serviu, nas primeiras décadas do século XX, aos estudos sobre hereditariedade, evolução e diferenciação racial na espécie humana, chegando em algumas situações a ser acionada na perspectiva do racismo científico, especialmente em países como os EUA e Alemanha (Bowler, 1989; Kevles, 1985; Provine, Russel, 1986; Barkan, 1992; Muller-Wille, Rheinberger, 2005; Reardon, 2005).
No Brasil, a genética passou a ser promovida no final dos anos 1910 em institutos agronômicos como a Escola Agrícola Luiz de Queiroz (Esalq), de Piracicaba, e o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), ambos localizados no interior de São Paulo.1 Na Esalq, onde a genética foi introduzida em pesquisas sobre o melhoramento de plantas, destacaram-se figuras como Carlos Teixeira Mendes, Salvador de Toledo Pizza Junior, Octávio Domingues e o botânico alemão Friedrich Gustav Brieger, que veio ao Brasil em meados dos anos 1930 para assumir a cadeira de citologia e genética (Araújo, 2004; Habib, 2010). O Instituto Agronômico de Campinas, por sua vez, tinha como cientistas dedicados ao estudo da genética, em especial à genética de melhoramento do café, nomes como Alcides Carvalho e Carlos Arnaldo Krug, este último especializado em genética vegetal pela Universidade de Cornell, nos EUA. Essas instituições foram responsáveis também pela realização dos primeiros cursos de genética no Brasil, estimulando o ensino de ciências experimentais (Araújo, 2004;

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