fundamentos sociais

A Revolução Francesa, historicamente, marca grandes mudanças sociais e econômicas na Europa, e, mais tarde, no resto do mundo. É nesse contexto que o filme Casanova e a Revolução em conjunto com a leitura do capitulo A chamada acumulação primitiva de capital, do livro de Marx, possibilitam um melhor entendimento, e mesmo uma nova análise deste momento histórico que Hobsbawn definiu como a dupla revolução (Inglesa e Francesa).
Da leitura do Capital de Karl Marx, entendemos que dinheiro produz mais valia, gerando capital que gera mais valia. Tal círculo vicioso é causado, e ao mesmo tempo, gerado, pela acumulação primitiva do capital, conceito criado por Marx ao descrever a gênese histórica do capitalismo que desempenha na economia papel análogo ao do pecado original na teologia.
Segundo Marx, a origem do modo de produção capitalista esta ligada ao encontro dos proprietarios do dinheiro e trabalhadores livres e não apenas a uma pura e simples racionalização da divisão do trabalho social. O modelo de producao captalista soh foi possivel com um processo violento de expropriação da produção familiar, artesanal, camponesa, corporativa etc., que dissocia o trabalhador dos meios de produção (não são parte dos meios de produção, como servos e escravos, nem donos deles) formando enorme massas de indigentes e desocupados, na verdade uma volumosa reserva de força de trabalho livre e disponível para ser comprada: o proletariado.
O processo de expropriacao da terra com a dissolucao das vassalagens foi fruto da reforma e confirsco das terras da igreja, das ambicoes reais em busca de poder absoluto e tambem dos objetivos economicos dos cercamentos (Thomas Morus fala de um pais singular em que as ovelhas devoram os homens), uma vez que a nova nobreza, fruto da sua época, via mais poder no dinheiro do que no numero de seus servos.
Ao analisarmos o período precedente à Revolução Francesa, situamo-nos em uma época em que as terras são posse, majoritariamente, da Monarquia. Se a