Fundamentos de Linguística

Respostas

1. A linguagem humana se difere da linguagem animal em vários aspectos. Como exemplo, podemos citar o sistema de comunicação das abelhas, como propôs Karl Von Fresch, em 1950, na qual a abelha transmite uma mensagem sobre a localização de seu alimento por meio de uma dança: se o alimento está próximo, a menos de cem metros, a abelha realiza um movimento circular; se está distante, ela executa um movimento em forma de oito (8). Contudo, a mensagem da abelha não provoca uma resposta, mas apenas uma conduta, o que significa que não há diálogo, diferentemente da linguagem humana. Além de que a abelha não constrói uma mensagem a partir de outra mensagem, não há recursividade na linguagem animal. E, sendo como característica mais marcante de oposição da linguagem animal à linguagem humana, a linguagem animal não se deixa analisar, decompor em elementos menores como fonemas, morfemas, sintagmas, etc. Em suma, a comunicação das abelhas não é uma linguagem, é um código de sinais, como foi descrita anteriormente.
2. Quando nomeamos as coisas, isto é, o mundo que nos rodeia, organizamos nossa realidade. Os signos linguísticos representam nossa forma de entender o mundo – Alice, na obra de Lewis Carrol, torna-se incapaz de organizar seus pensamentos e de compreender o que está acontecendo quando se esquece do nome do lugar onde se encontra -, o que não significa que essa compreensão é sempre a mesma, ou que se dá da mesma forma. As palavras de variadas línguas são independentes dos objetos ou ideias que nomeiam e uma mesma realidade pode ser compreendida de maneiras distintas.
3. A propriedade da arbitrariedade do signo linguístico. Para Saussure, o signo linguístico é arbitrário, portanto cultural, não havendo nenhuma relação entre significante ou significado. Deste modo, o signo dez, que se refere ao número, é absolutamente arbitrário, pois não há motivação que une o significante e o significado, fato que podemos constatar com a existência de diferentes