Friedrich nietzsche

Na obra de Friedrich Nietzsche, o filosofo pretende como que desmascarar todos os valores que a espécie humana interioriza como sendo certos sem por vezes se questionar dos mesmos. Neste contexto, é questionada a origem daquilo que consideramos ser o conhecimento humano.
Desta forma, no ponto de vista de Nietzsche, a criação do conhecimento humano foi o acto mais “soberbo e hipócrita da história mundial”, uma vez que nós, seres humanos, criamos a ideia de que dominamos tudo e de que nos equivalemos a um Deus. A realidade é que não existe nenhuma ligação entre a descrição que o homem faz do mundo e aquilo que ele realmente é. Ou seja, até mesmo a linguagem e todos os termos que utilizamos para nomear tudo aquilo que nos rodeia só faz sentido apenas para a nossa espécie. Os sons que emitimos, aos quais denominamos de linguagem, são apenas a nossa reacção sonora aos mais variados acontecimentos, bem como a forma que encontramos de conseguir comunicar entre nós.
Assim sendo, toda esta arbitrariedade do conhecimento leva a que questionemos o sentido da verdade. Se tudo aquilo que somos e sabemos não passa de um conjunto de metáforas que após terem sido usadas por tantas vezes, acabaram por ganhar um sentido fixo à vista do ser humano, nesse caso, a verdade não pode ser nada mais do que um processo de esquecimento. Ou seja, nós só adquirimos tudo aquilo que nos rodeia como sendo verdade, uma vez que passamos pelo processo de esquecer que todo o conhecimento humano, bem como a linguagem, foram criados por nós de forma a podermos sobreviver. Por esse motivo, tudo aquilo que consideramos ser irrefutável, não passa de um conjunto de ilusões que nós esquecemos que não passavam disso mesmo, ilusões, e que ao esquecermo-nos de tal, as adquirimos como sendo verdades, sobrevalorizando então o conhecimento