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342 palavras 2 páginas
Texto memorialista Lembro a minha infância, o tempo que passei na minha primeira escola de verdade, a do primeiro ciclo. O cheiro característico, as brincadeiras de criança, aminha primeira professora. O cheiro da escola não era um cheiro a livros, a disciplina, era, sim um cheiro de conforto, de amizade e muita brincadeira. As brincadeiras que tínhamos com os nossos amigos na hora do intervalo, como à apanhada, às escondidas, ao toca e foge… Para mim, a professora primária é aquela professora, que nós nunca nos vamos esquecer. Quando me lembro dela, vem me a imagem de uma senhora jovem, sempre com um sorriso na cara e nós todos sentados á volta dela. Todos contentes a ouvir as histórias que ela nos contava. Mas aquilo que eu mais me lembro é a inocência com que nós, crianças, víamos o mundo. Para nós, todos as pessoas eram boas, todos tinham boas intenções. Saudades.
Talvez, por isso, decidi voltar lá e fazer uma visita á minha escola do primeiro ciclo. Quando lá entrei, senti logo aquele cheiro característico que falei em cima. Comecei a entrar cada vez mais lá para dentro da escola e comecei a ver todas aquelas pessoas que tomavam contam de mim, algumas estavam iguais, um pouco mais velhas, mas não muito. Outras vinham ter comigo, mas eu, para ser sincera, não me lembrava de algumas. Depois, avistei a minha professora do primeiro ciclo e fiquei a conversar com ela algum tempo, não estava muito diferente, sempre com aquele sorriso na cara e rodeada de meninos. Daquilo que eu observei, o espaço físico da escola estava igual. Como encontrei maior parte das pessoas no pátio da escola, pude observar que as brincadeiras dos miúdos já não são a jogar às escondidas. São agora a olhar para os telemóveis, a mandar SMS a jogar na sua Nintendo.
Acordo, assim, finalmente do meu passado. Hoje, tenho perceção que, por poucos anos que sejam, existem sempre grandes mudanças de comportamento das pessoas. Algumas para melhor, outros infelizmente para pior.
Catarina

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