Florbela Espanca

Flor Bela de Alma de Conceição Espanca, mais conhecida por Florbela Espanca, nasceu a 8 de Dezembro de 1894, em Vila Viçosa.
Florbela nasceu de um caso extraconjugal de João Maria Espanca (casado com Mariana do Carmo Toscano) com Antónia de Conceição Lobo, do qual resultou mais um irmão, Apeles, ambos criados por João Maria Espanca, – homem de vários ofícios/profissões - este só a reconheceu como sua filha no cartório 18 anos após a sua morte, embora a sua mulher os tenha reconhecido ambos como afilhados.
Com apenas 8/9 anos, no ensino primário de Vila Viçosa, escreveu o seu primeiro poema, nomeado “A vida e a morte”, dedicado ao irmão Apeles, em honra do dia de aniversário de seu pai. Com 11/12 anos escreveu o seu primeiro conto - “Mamã!”, e, coincidência ou não, no ano seguinte a mesma acabou por falecer.
Ingressou no Liceu Masculino André de Gouveia, em Évora. Foi uma das primeiras mulheres a frequentar o curso secundário. Ao longo do liceu sofreu influências de escritores como Balzac, Dumas, Camilo Castelo Branco, Guerra Junqueiro e Garrett, através da leitura, e conheceu Alberto de Jesus Silva Moutinho, com o qual se viria a casar e juntar, em 1913. Dois anos mais tarde, devido a dificuldades económicas, Florbela foi obrigada a voltar para casa do pai.
Em 1916 Florbela regressou para casa do marido e publicou a sua primeira coletânea de poemas e contos, que englobava oitenta e cinco poemas e três contos, nomeada “Trocando olhares” e trabalhou como jornalista na revista “Modas & Bordados”, “Notícias de Évora” e ‘’A Voz Pública’’.
Em 1917, completou o 11º ano do Curso Complementar de Letras e matriculou-se na Universidade de Direito de Lisboa.
Um ano mais tarde sofre um aborto involuntário que a obrigou a repousar em Quelfes, onde apresentou indícios de neurose.
Em 1919, publicou o livro “Livro de Mágoas”, divorciou-se, passado pouco tempo passou a viver com António José Marques Guimarães, alferes de Artilharia da Guarda Republicana, com o qual viria