Filosofiaa

Pode o médico se recusar a fazer o teste com a alegação de que o benefício da detecção antecipada é mínimo e não supera o dano psicológico causado pela notícia?
O médico pode alegar isso baseado no princípio da beneficência, com o objetivo de maximizar o bem-estar do paciente e evitar o dano. De acordo com os princípios éticos da saúde o adequado para a situação citada seria o médico aconselhar a paciente sobre a as vantagens da não realização do teste, mas não se recusar a realizar o teste, caso solicitado pela paciente.
Como o médico deve lidar com o conflito entre a vontade da filha e a vontade da mãe?
Todo ser humano de idade adulta e com plena consciência, tem o direito de decidir o que pode ser feito no seu próprio corpo. Como a paciente em questão já alcançou um grau de maturidade que lhe permite participar das decisões a respeito de sua própria saúde, o aconselhável que a autonomia da paciente seja respeitada, mesmo com a oposição da mãe.
O médico deve aconselhar a filha a evitar ter filhos? É moralmente condenável ter filhos sabendo que eles podem herdar essa doença terrível? Portadores dessa doença deveriam ser proibidos por lei de ter filhos?
Não. Como foi citado no texto, os descendentes de uma pessoa portadora do gene têm 50% de chance de herdá-lo. Nesse caso, não necessariamente herdaria a doença, apenas seria mais suscetível a possuir o gene da doença. O filho da paciente teria 50% de chances de herdar o gene, assim também como 50% de chances de não herdar.
Se a filha estivesse grávida e o teste desse positivo, seria permissível o aborto?
Não. +++
Haveria algum problema do ponto de vista da ética médica se a filha optasse por fazer uma inseminação artificial na qual só fossem utilizados os embriões sem o gene da doença segundo um diagnóstico genético pré-implantação?
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Caso houvesse um método de manipulação genética que permitisse alterar com segurança a carga genética do embrião antes da implantação de modo a eliminar a necessidade