filosofia

6092 palavras 25 páginas
INTRODUÇÃO
Este trabalho é baseado na convicção de que a escola e o livro didático são referências muito fortes sobre o preconceito lingüístico e o não-lingüístico na formação de um indivíduo. Tentaremos mostrar que estes elementos (a escola e o livro) desempenham um papel fundamental no questionamento de preconceitos que permeiam nossa sociedade, mostrando a importância e o alcance de um trabalho didático durante a vida escolar primária.
O preconceito não é algo “natural”, o que tornaria seu combate inútil, mas sim um comportamento aprendido. O preconceito é uma “tendência presente em determinados agrupamentos humanos, mas não algo constitutivo da própria natureza humana” (Grupioni, 1995, p.485). Percebe-se então, que o professor ou a professora, o livro didático, a escola podem ser capitais na cristalização ou na subversão do preconceito. É no período escolar que as crianças recebem informações sobre outros povos e outras culturas, muitas vezes sendo o único momento em que tomam contato com culturas diferentes. Além disso, o livro didático e a figura do professor ou da professora constituem uma autoridade para os alunos e as alunas (Cf. Grupioni, 1995, p.486). Daí a importância de se ter clara a abordagem que se fará do tema em sala de aula, da escolha do material didático e da preparação dos professores e das professoras.
Em algumas partes do trabalho estaremos trabalhando mais com o preconceito lingüístico e com o tratamento dado aos povos indígenas, direcionando o tema ao curso.

1 CULTURA, PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO
Inicialmente vamos definir preconceito e discriminação, através dos conceitos da Antropologia. Segundo a Enciclopédia Internacional de Ciências Sociais (apud Grupioni, 1995, p. 484), o preconceito é uma “opinião não justificada, de um indivíduo ou grupo, favorável ou desfavorável, e que leva a atuar de acordo com esta definição”. O preconceito gera a discriminação, que é o “tratamento desfavorável dado arbitrariamente a

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