Filme a liberdade é azul (existencial)
A LIBERDADE É AZUL
Título original: (Trois Couleurs: Bleu)
Lançamento: 1993 (França)
Direção: Krzysztof Kieslowski
Atores: Juliette Binoche , Benoít Régent , Floence Pernel , Charlotte Very , Hugues Quester
Duração: 97 min
Gênero: Drama
Status: arquivado
SINOPSE
Após um trágico acidente de carro, Julie (Juliette Binoche) perde o marido, um famoso compositor, e a filha. Após uma tentativa fracassada de suicídio, ela volta a se interessar pela vida ao se envolver com uma obra inacabada de seu marido, que era um músico de fama internacional. Para se libertar do trauma, ela procura deixar para trás tudo o que lhe lembre o passado e assim reencontrar a vontade de viver. Primeira parte da Trilogia das Cores, na qual o diretor polonês Kieslowski usa como tema as cores e os lemas nacionais da França: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Análise Existencial do filme
A Liberdade é Azul
A Liberdade é azul, poética e musical. Mas também pode ser dramática e sofrível. A liberdade pode ser tudo e representar o nada, ou ser nada e representar o tudo.
Não existe dor maior que um ser humano pode sentir do que perder um filho. Não se trata de especulação, mas de um fato concreto; quem tem filho sabe que o simples pensamento sobre a possibilidade de nunca mais vê-lo já é capaz de causar arrepios. O que dirá, então, de perder não apenas um filho, mas também o marido, durante um acidente de automóvel absolutamente estúpido e banal?
Julie após o acidente entra em uma crise acidental, ela sai do hospital e quer esquecer o passado. Livra-se de tudo que remete à sua família perdida, a casa, os objetos, os empregados, os amigos e deixa de trabalhar. Mantém porém um lustre azul. Muda-se para um apartamento distante e isola-se.
A dor dela é palpável; em certos momentos Julie pára sufocada, com dificuldade até para respirar. Mas é uma reação muda, pois ela não consegue chorar, “eu choro pela senhora”, diz em certo momento a criada da família. Não consegue nem