Fichamento

A comunicação dos chimpanzés
Um chimpanzé fêmea chamado Washoe deu a largada para a séria busca de métodos de ensino da linguagem humana aos chimpanzés. Ela nasceu na África, em 1965, e terminou enviada ao condado de Washoe, em Nevada, o que explica seu nome. Lá, se tornou parte das pesquisas cognitivas conduzidas por Allen e Beatrix Gardener. A chimpanzé causou admiração ao aprender com sucesso a linguagem de sinais americana, algo que jamais havia acontecido antes com um primata não humano. Washoe depois transmitiu seu conhecimento ao seu filho adotivo, Louis, e quando morreu, em 2007, ela conhecia cerca de 130 sinais [fonte: Carey].
Em 1973, um psicólogo da Universidade Colúmbia chamado Herbert Terrace queria ver o que acontecia com a linguagem de um chimpanzé caso ele fosse criado como ser humano [fonte: Adler]. Nim Chimpsky - um nome dado como homenagem irônica a Noam Chomsky - foi viver com uma família na cidade de Nova York e aprendeu a linguagem de sinais americana. Ainda que ele tivesse conseguido memorizar 150 sinais, os pesquisadores descobriram que sua competência derivava da imitação de seu professor, e não de um esforço espontâneo de comunicação humana [fonte: Adler].
Mesmo assim havia coisas interessantes acontecendo nos cérebros dos primatas quando eles sinalizavam ou se comunicavam por meio de seus gestos e vocalizações inatos. Estudos de tomografia conduzidos pelo Centro Nacional Yerkes de Pesquisas com Primatas, na Universidade Emory, constataram que a comunicação entre os chimpanzés ativa as mesmas regiões do cérebro que a linguagem humana, especialmente a área de Broca e a área de Wernicke [fonte: Moskowitz - em inglês].
Esse avanço provavelmente não surpreendeu a primatologista que dirige o Great Ape Trust, Susan Savage-Rumbaugh. Ela acredita firmemente que os macacos sejam capazes de comunicação linguística com os humanos e aponta para os exemplos de Kanzi e Panbanisha - dois chimpanzés pigmeus bonobos com os quais trabalhou por mais de