Fichamento Maracatu Rural

8190 palavras 33 páginas
VICENTE, Valéria Ana. Maracatu Rural - O espetáculo como espaço social: um estudo sobre a valorização do popular através da imprensa e da mídia. Recife: Editora Associação Reviva, 2005. (Coleção Maracatus e Maracatuzeiros, volume 3)

CAPÍTULO 1
CONCEITO E HISTÓRIA DO MARACATU DE BAQUE SOLTO

Conceito e características:
O Maracatu de Baque Solto tem sua origem na Zona da Mata Norte de Pernambuco e chega ao Recife na década de 30 do século XX, pela ação de indivíduos que migraram para a cidade. Na época, mudanças ocorridas na política agrícola da cana de açúcar expulsaram os trabalhadores rurais para a cidade e, só a partir deste período, o folguedo começou a ser conhecido e registrado pelos estudiosos da cultura popular, ainda assim com uma produção escassa. (p. 26)
O Maracatu Rural é um folguedo, uma manifestação coletiva, em que as pessoas assumem e vivenciam determinada representação, com seus personagens e histórias (Benjamin, 1989). Sua apresentação é composta pelo desfile de uma corte real, baianas e arreia-más ou tuxaus (caboclo com um cocar de penas e de pavão), rodeados pelos caboclos de lança e complementados por personagens como o mateus, a catirina e a burra. Estes personagens dançam ao som de uma orquestra de percussão e metais (cuíca, caixa, surdo, gonguê e trambone) que toca entre os desafios de versos improvisados pelo mestre do grupo. (p. 27)
Os caboclos de lança – chamados por Olímpio Bonald Neto (1991) de Guerreiros de Ogum, são personagens com figurino singular que misturam óculos escuros e tênis com bermudões de chitão, uma grande gola bordada com lantejoulas que cobre todo o tronco até o joelho, e um chapéu de grande cabeleira colorida. Os caboclos carregam uma armadura com chocalhos nas costas, chamada surrão, e uma lança, adornada com fitas, com a qual realizam evoluções correndo ao redor dos outros personagens do maracatu; (p. 27)
O caboclo de pena ou arreia-má – personagem em que a herança indígena é mais evidente, usa gola

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