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1375 palavras 6 páginas
TEXTO PARA AS QUESTÕES 1 e 2:
As variedades linguísticas brasileiras são diversas à medida da extensão territorial do País. Considere o texto seguinte, que apresenta uma dessas variedades.

— Vancê já sabe, nha Lainha, que eu ‘tou na mente de lhe pedir; alguém já lhe havéra de ter contado.
Ela avermelhou toda:
— É: eu sube mesmo.
— Agora vancê me diga, p’r o seu mesmo dizer, si d’aqui por diante eu fico no direito de falar p’r’o seu véio no negócio, e também si já não é tempo de ir comprando a roupinha, a louça, a trastaria dûa casa.
— Isso ‘ta no seu querer.
— Mas vancê casa antão comigo de tuda a sua vontade, não tem nem um no pensamento?
— Não tenho, nho Vicente. Eu não incubro a ideia de casar c’o Réimundo, e ele também queria casar comigo. Agora, dêsque ele faltou c’a promessa, eu não tenho prisão por ninguém.

(Silveira , Valdomiro. Constância. In: Os caboclos: conto. Rio de Janeiro; Brasília: Civilização Brasileira; INL, 1975. Adaptado.)

1) (G1 - IFSP 2013) Assinale a interpretação correta de acordo com o texto. (0,2)
a) “Agora vancê me diga, p’r o seu mesmo dizer” – Vicente queria que Lainha repetisse para si mesma algo.
b) “Eu não incubro a ideia de casar c’o Réimundo” – Lainha não esconderia de Vicente a intenção de Réimundo em tomá-la como esposa.
c) “não tem nem um no pensamento” – Lainha não pensava em ninguém melhor que Vicente para ser seu esposo.
d) “Agora, dêsque ele faltou c’a promessa” – Réimundo não fez a promessa que deveria ter feito a Lainha.
Xe) “eu não tenho prisão por ninguém.” – Lainha afirmou não ter compromisso com ninguém. CORRETA.

2) (G1 - IFSP 2013 - Adaptada) Como pudemos notar, há, no texto, a tentativa de representação da língua cabocla. A seguir, apresentamos algumas palavras típicas dessa variedade linguística. Observe o contexto em que foram empregadas e reescreva-as em registro padrão, ou seja, apresente a grafia correta, conforme a norma culta. (0,4)
a) vancê: Voçê
b)

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