Fetichismo Marxista e Consumismo

“O que você compra é o que você é”. Essa é uma frase que caracteriza o consumismo infantil. Podemos ver hoje em dia um claro descontrole de consumação pelos pais para agradar seus filhos que, desde cedo, aparentam ter pensamentos e vontades materialistas. É claro que essas vontades não aparecem sozinhas. Cada dia que passa, a sociedade compra mais por status do que por necessidade e não é nada anormal que os menores vislumbrem esse modo de viver. Voltando a frase inicial, as propagandas e anúncios hoje em dia, vendem um estilo de vida em seus produtos e tentam convencer o consumidor que sua vida melhorará com a posse daquele determinado item.
O que podemos analisar é que esse materialismo social, não é tão recente. Há tempos, Karl Marx criou o conceito de “fetichismo da mercadoria” que determina certo deslumbramento que o produto cria sobre o consumidor. Mais a fundo, existe uma ilusão, uma divindade sobre a mercadoria. E é isso que a torna maior do que uma simples necessidade. Marx analisa uma “complexidade na divisão do trabalho”, ou seja, uma desigualdade social já fortemente existente, onde o poder do dinheiro é atribuído a uns e não a outros. Faz-se então que existam mercadorias para uns e não para outros. Ai entra a alienação do consumidor, de querer aquilo que lhe trás status por ser algo que nem todos podem ter.
Assim, é possível perceber uma ligação entre o consumismo e o conceito de Karl Marx. As crianças hoje em dia, são ensinadas a gostar do produto. Elas querem ser ricas e possuir mais do que o “coleguinha” e são educadas, sem perceber para sempre serem superiores aos outros. As publicidades atuais vendem essa “divindade” que Marx estuda, sobre a mercadoria, com o intuito de convencer o consumidor que ele será diferente e melhor com aquele objeto. O ser humano é tão influenciado pelo consumismo, que não percebe que está sendo manipulado pela publicidade. E as empresas que lucram cada vez mais, atribuindo preços absurdos, vão continuar vendendo