Fetichismo da mercadoria no mercado imobiliário

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Nas obras de Karl Marx e Friedrich Engels, estudadas nesta disciplina, não há uma sistematização teórica direcionada à considerar as questões ambientais e os impactos danosos no modo de produção capitalista sobre a natureza, porém há um alerta sobre a finitude dos recursos naturais, portanto, seu esgotamento, principalmente no caso das produções baseadas diretamente na exploração do solo.
Lembrando que a teoria marxista valora o materialismo histórico enquanto processo onde a humanidade tem suma participação, criando ferramentas, agindo diretamente sobre as feições naturais e mudando-as, nem sempre da melhor maneira possível, visto que o homem age sob situações herdadas, na maior parte das vezes. À exemplo da acumulação primitiva que deu subsídios para a separação do homem do campo, da terra, - com o advento dos cercamentos, apropriação de terras comunais, o aumento do valor da terra e por conseguinte o aumento das propriedades rurais dos “landlords” e a expropriação do trabalhador rural, por ocasião da queda do regime feudal e a inserção de práticas comerciais mais liberais - transformando-o em mera mão-de-obra submetida à exploração capitalista. Exploração esta que não somente se contentou em separar o homem comum dos meios de produção, mas também o transformou em principal consumidor da produção (agora que já não existiam as terras comunais para o cultivo para sua subsistência), quando se lhe impôs novas necessidades de consumo, aumentando deste modo a circulação do capital, o que serviu de válvula propulsora à Revolução industrial.
O modo de produção capitalista segue criando e sofisticando dicotomias sociais: explorador/ explorado; arrendatários, latifundiários/ camponeses; industriais / operários; mercado de trabalho/ mercado consumidor; trabalhadores “ocupados” / exército de mão-de-obra reserva. Estabelecendo e fortalecendo desse modo a divisão de classes como princípio organizador da vida social, já que o que determina a divisão em classes é a

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