Fernanda Sobeira

Introdução

As colonizações aos estados brasileiros ocorreram de forma vagarosa e mal administradas, devido à falta de infra-estrutura necessária para o meio, o qual era propício a doenças da região, como, a malária (responsável por muitas mortes na época) o que impedia, ou melhor, espantava os patrocinadores estrangeiros, horrorizados com o índice de mortalidade e com o alto investimento que seria necessário para este fim.
No período de colonização houveram vários tratados e revoluções que implicavam a grandes construções, tanto para demarcar os territórios recém estipulados quanto para melhorias no transporte e meio de comunicação.
Dentre estas obras, será apresentado quatro das mais importantes do estado de Rondônia, as quais têm imenso valor histórico. Sendo elas: Real Forte Príncipe da Beira, As Três Caixas D’água, Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e o Museu Histórico de Guajará-mirim.

Real Forte Príncipe da Beira - Rondônia
O maior forte do Brasil!

O Real Forte Príncipe da Beira, na margem direita do rio Guaporé, fronteira natural entre o Brasil e a Bolívia, é o mais antigo monumento histórico de Rondônia. Sua construção foi iniciada em 2 de junho de 1776 pelo engenheiro Domingos Samboceti, que faleceu de malária durante a obra; e concluída em 20 de agosto de 1783 pelo capitão engenheiro Ricardo Franco de Almeida e Serra.
Sua construção teve o objetivo de consolidar a posse da coroa portuguesa sobre as terras à margem direita dos rios Guaporé e Mamoré, no extremo noroeste do Brasil. Localiza-se há mais de 3.000km do litoral, em ponto ainda hoje de difícil acesso, e em pleno coração da grande floresta Amazônica. “Suas coordenadas geográficas são: 12° 25’ 47’’ de latitude sul, 64° 25’ 22” de longitude oeste, e a altitude 220m.
Ao início da obra, disse dela o Governador da Província de Mato Grosso Luis Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, em junho de 1776: "A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste