ESTUDO DE CASO

O código de ética constitui uma necessidade na atividade de Inteligência devido ao fato de ser uma atividade recém ingressada no país e que ainda pode ser considerada uma prática imatura. Assim, os princípios e valores que devem guiar e orientar a atuação desses profissionais precisam ser adquiridos e cultivados. Esse mesmo código de ética também serve para orientar na formação desses profissionais. A falta de conhecimento a respeito da atividade de Inteligência Competitiva pela sociedade aliada à confusão entre a atividade de inteligência Competitiva e ações de espionagem também são pontos importantes a serem considerados. Segundo Cook e Cook (2000), as práticas de Inteligência Competitiva estão mais próximas de uma investigação jornalística do que das ações de espionagem.
A diferença entre investigação jornalística e a espionagem, são as práticas legais e éticas de obtenção de dados e pedaços de informação. São considerados métodos não éticos e ilegais, a compra ou roubo de informações e documentos sigilosos de uma organização, a mentira a respeito da sua identidade, a infiltração de pessoas nas organizações concorrentes, entre outros. Fazendo um paralelo com a atividade jornalística, essas práticas também são eticamente condenadas, apesar de seu uso corrente por boa parte da mídia.
A não adoção dos códigos de ética e de conduta pelos profissionais de Inteligência Competitiva pode conduzir profissionais a adotarem atitudes que coloquem em risco suas organizações e a eles mesmos, ou por desconhecimento ou por falta de um padrão a ser adotado. Tais deslizes podem levar suas organizações a correr tanto riscos legais como de imagem. Tais organizações podem correr somente o risco de imagem, visto que, nem tudo que é lícito, é considerado ético. Muitas ações podem trazer prejuízo para a imagem das organizações, em função da crescente cobrança por parte da sociedade em geral a respeito da transparência e conduta “politicamente correta” ou “socialmente responsável”