Escola: espaço de poder, estigmatização e exclusão

Escola espao de poder, estigmatizao e excluso Em uma poca complexa de tecnologia e informao, a escola resiste sem qualquer transformao de seu modelo tradicional de autoridade. A disciplina um dos elementos constitutivos dessa instncia social e sustentculo de sua sobrevivncia institucional. A partir da disciplina, a escola subordina e adestra a criana e o jovem a um sistema de obedincia que controla e garante a reproduo contnua do sistema vigente. Conforme Althusser (2001), portanto, um aparelho ideolgico do Estado que cumpre a funo de mecanismo de controle social. Nesse sentido, Foucault (1999) afirma que a escola utiliza mtodos e tcnicas disciplinares que organizam o sistema poder-submisso do dia-a-dia, do corpo a corpo. Em todas as sociedades, o poder incide sob os corpos obrigando a estar atuando sob limitaes e proibies. Tal adestramento busca a docilidade do corpo do indivduo, podendo, dessa maneira, ser utilizado, transformado e aperfeioado em funo do poder. A origem destes mecanismos de poder d-se nos sculos XVII e XVIII, junto com a apario da arte sob o corpo humano, do estudo da anatomia, houve a descoberta do corpo com objeto transformvel em eficincia e alvo de controle. o que Foucault denominou de momento das disciplinas. Desde ento se tem apenas variado as tcnicas de submisso e controle. O que descrito e detalhado nas prises, hospcios, quartis, escolas toma forma social mais ampla de uma sofisticada e sutil tecnologia de submisso (movimentos, gestos, rapidez...). Pela histria mostra-se como a obedincia evoluiu ao longo do tempo. A obedincia do escravo era obtida no controle sob o corpo com fins lucrativos na vassalidade, o domnio ocorria pela produo a submisso religio d-se, at hoje, pelas renncias. Contudo, na modernidade que se instala efetivamente o controle sob os corpos, ou seja, agir como se deve e no como se deseja. a tecnologia da disciplina construindo corpos submissos. O poder que se exerce sobre o corpo contnuo e, a partir da