Escola dos annales
A revista se consagrou conjuntamente com a obra de seus principais fundadores . O movimento dos Annales, normalmente chamado de Escola dos Annales, não possui exatamente, os elementos que constituem uma escola, rigidamente organizada fechada estritamente em torno de uma convicção ou paradigma.
Para o entendimento da formação e da configuração do que consideramos como os Annales, torna-se mais acertado entendê-lo como um movimento, que não se restringe somente às publicações contidas nos “Annales d’histoire économique et sociale”.
Entre as obras de maior destaque daqueles que compuseram o movimento dos Annales encontram-se os “Reis Taumaturgos” de Marc Bloch, publicado em 1924, ou seja, antes da fundação da revista, e o “O Mediterrâneo” de Fernand Braudel.
Encontramos neste movimento, uma certa unidade em sua composição, mas não uma homogeneidade. Jacques Revel o define como um conjunto de estratégias, uma nova sensibilidade, uma atividade que de fato mostra-se pouco preocupada com definições teóricas
A revista dos Annales passou por diversas reformulações desde que foi fundada. Em sua primeira concepção, os trabalhos de seus principais pensadores Marc Bloch e Lucian Febvre, fizeram-na conhecida e reconhecida mundialmente. Com a proposta de renovar-se e manter-se sempre atual, notamos nos anos 60 uma grande repercussão da revista e forte influência de Fernand Braudel. Na terceira “fase” dos Annales , ou na chamada Nova História destacam-se historiadores como LeGoff, Duby.
A revista nasce como uma publicação reivindicadora e renovadora, assumindo posições altamente críticas em relação ao tipo de historia que costumava ser realizada principalmente na Academia. Apesar de também se dirigir ao público