escola ativa

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CAPÍTULO 1: A Educação do Campo: Breves marcos conceituais
1.1.

A transformação do conceito de Educação Rural em Educação do
Campo: o conceito convertido em política.
Até o ano de 1988, a expressão “rural” era a que mais se evidenciava

nos documentos e textos desta época, entretanto com a aprovação da
Resolução CNE/CEB Nº. 01 de 03 de abril e as Diretrizes Operacionais da
Educação do Campo no ano de 2002, esta expressão passa a ter outro sentido. Apesar de o Brasil ser um país de origem agrária, à população campesina1 foi negado, historicamente, o direito a uma educação de qualidade principalmente no que se refere à educação formal desenvolvida no meio rural.
Segundo os estudos de Leite (1999), Arroyo (2007) e Munarim (2006), o campo sempre foi visto como um espaço de precariedade e atraso, uma realidade que deve ser sobrepujada. E conseqüência disso, as políticas educacionais e sociais para esta população nunca foram prioridade do Estado.
Esta expressão surgiu no período do governo de Getúlio Vargas (19301945/1951-1954) com o intuito de demarcar o ambiente urbano e estabelecer políticas destinadas a estes espaços geográficos, assim as ações educativas eram executadas nos dois ambientes, porém o urbano era caracterizado como o padrão a ser seguido.
Dessa forma o rural configurava-se como o lugar onde as políticas públicas possuíam um caráter compensador, um ambiente em que o capitalismo estabelecia projetos políticos e econômicos com a finalidade de delimitar o campo das empresas madeireiras, exploradora de minérios, da agropecuária e outras mais. Consequentemente o campo torna-se um lugar de exclusão social, de latifúndio e de ações exploradoras.

1

É compreendida como população campesina aqueles que habitam “os espaços da floresta, da pecuária, das minas e da agricultura, [...] os espaços pesqueiros, caiçaras, ribeirinhos e extrativistas” (BRASIL, 2002, p. 4-5).

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Neste sentido, Arroyo (2007, p. 2) aponta que as