Era vargas
Nos longos 15 anos de governo da Era Vargas, a Política trabalhista, passou por diversas fases, mas em todas elas o governo buscou alcançar dois objetivos:
1 - Reprimir as organizações de esquerda que queriam organizar a classe trabalhadora, sobretudo os militantes do PCB que procuravam atuar nos sindicatos;
2 - Atrair a classe trabalhadora para o apoio ao governo, através de mecanismos jurídicos e leis que garantiam direitos aos trabalhadores.
Uma das primeiras medidas de Vargas, ainda na fase do Governo Provisório, foi a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio; em seguida, vieram as leis que protegiam os trabalhadores; as leis que enquadravam os sindicatos; que perderam a sua autonomia, e, por fim, a criação órgãos cuja função seria o de arbitrar conflitos entre patrões e empregados, como as Juntas de Conciliação e Julgamento.
Entre as primeiras leis de proteção ao trabalhador podemos destacar aquelas que regulamentavam o trabalho das mulheres e dos menores, que concedia o direito a férias e que limitava em oito horas diárias a jornada normal de trabalho.
Para enquadrar os sindicatos, isto é, controlá-los, tirando-lhes a autonomia, o governo Vargas, em 1931, reconheceu o direito que os trabalhadores e os empresários tinham de formar organizações sindicais, mas era sobretudo os sindicatos dos trabalhadores que interessavam ao governo.
O decreto 19770, determinava que cada categoria profissional só poderia ter um sindicato - o princípio da unidade sindical - além disso, a sindicalização não seria obrigatória e o governo tinha o direito de participar das assembleias e poderia, sempre que achasse conveniente, fechar os sindicatos. Portanto, as primeiras organizações sindicais legalizadas no Brasil estavam à mercê da boa vontade do governo.
É importante considerar que a Política Trabalhista da Era Vargas não decorreu de pressões sociais, seja do empresariado, seja dos trabalhadores; mas da decisão unilateral do governo.