Epistemologia

1699 palavras 7 páginas
O momento cartesiano e a condição paradoxal da psicologia entre duas realidades.

Antes da ciência moderna, o conhecimento era obtido através da experiência. Olhando para as coisas que eu identifico a sua natureza.
Na ciência moderna, todo o processo de conhecimento está baseado na matematização do mundo físico. Fazer ciência é matematizar o objeto, isto é, quantificar as proposições próprias do conhecimento. Essa é a base do momento cartesiano: todo o conhecimento pra ser preciso, tem que ser matemático. Então, o conhecimento do mundo também deveria ser matematizado.
A partir de Descartes, há fundação de duas realidades: realidade objetiva x realidade subjetiva. A realidade objetiva contempla a realidade física (mundo externo) e a chama de res extense (pode ser mensurada). A realidade subjetiva contempla a realidade da experiência (mundo interno) e a chama de res cogito (realidade intensiva).
Torna-se preciso criar uma ciência para adequar a realidade externa à realidade interna. Porque quando eu olho/experimento o mundo, eu olho/experimento representações.
Então, foi criada a Psicofísica que correlaciona matematicamente o estímulo e a sensação. Qual o problema dessas leis? Uma das suas variáveis é absolutamente mensurável (estímulo) e a outra variável depende sempre de uma estimativa, depende sempre de uma experiência (sensação). A condição da psicofísica explica a situação paradoxal da psicologia entre realidade subjetiva e realidade objetiva.
Qual a relação paradoxal da psicologia? Quanto mais ela aproxima do método cientifico, daquilo que é reconhecido como um conhecimento matemático, mais lhe escapa a experiência (o seu objeto, que é a realidade subjetiva). Por outro lado, quanto mais se aproxima da realidade do sujeito, mais ela se afasta da possibilidade de se constituir como uma ciência.
A fundação da psicologia mentalista: método, objeto e problemas.
Era possível mensurar a quantidade do estímulo, mas não é possível medir o que o sujeito

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