Epistemologia Genética
“A Epistemologia Genética, é o estudo do conhecimento, onde descreve que a aquisição da inteligência pela criança é um processo continuo, e determinado por esquemas mentais, sendo estes, [...] estruturas intelectuais que organizam os eventos como eles são percebidos pelos organismos e classificados em grupos de acordo com suas características comuns”. (WADSWORTH, 1997, p. 17).
Os trabalhos de Piaget tem a intenção de apresentar alguns conceitos que permeiam a Epistemologia Genética, relacionando o conhecimento com o desenvolvimento, a Teoria da Equilibração, assimilação, acomodação e estágios de desenvolvimento do conhecimento.
Para Piaget, o crescimento e desenvolvimento, são devidos as atividades que o sujeito se defronta com o seu meio, e a inteligência portanto, é a condição essencial para que os seres humanos construam conhecimentos sobre o meio. Na concepção de Piaget, a inteligência se define em dois processos: função e estrutura. Enquanto função, a inteligência deve ser vista como adaptação, ou seja, os processos que envolvem a inteligência tem como finalidade a sobrevivência do sujeito no meio em que ele está inserido, modificando-se quando necessário ou se modificando para se adaptar melhor aquele meio. Já no ponto de vista estrutural, a inteligência é uma organização, ou seja, é uma organização de processos que está vinculada a níveis de conhecimento, onde o desenvolvimento não se dá por acúmulo de informações, e sim pela sua reorganização. Consequentemente, o desenvolvimento é uma forma de reorganizar a própria inteligência, para que possa ter maior possibilidade de assimilação.
Segundo Piaget, a equilibração ocorre a partir da relação dialética entre o sujeito e o objeto através da assimilação e acomodação. Piaget afirma que o termo assimilação foi tomado no sentido amplo de uma integração ás estruturas. Ou seja, a assimilação é uma interpretação, não basta ver o mundo, tem q assimila-lo,