Epidemio

A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais

O artigo tem como fonte principal de informação estudos transversais realizados nas décadas 70, 80 e 90. Foi feita uma análise da transição nutricional no Brasil, onde há declínio da desnutrição infantil e elevação da prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adultos.
O Brasil mudou nos últimos anos e com a nova equação demográfica, a vida média subiu para uma expectativa de 67 anos. A pirâmide populacional também mudou,antes era formada por mais jovens e crianças e atualmente apresenta um perfil parecido com o padrão dos países desenvolvidos, com maior participação de pessoas acima dos cinquenta anos. Houve uma acelerada transição demográfica no período de 1960 à 1980, ocorreram melhorias de empregos, passando de um setor primário para uma demanda de setor secundário e terceário. Então a partir dessas mudanças foram ocorrendo alterações no estilo de vida das pessoas e principalmente no fator nutricional.
Nos últimos 25 anos, houve melhora significativa das ações de saúde. As condições de saneamento e o acesso aos meios de comunicação massiva também melhoraram.
De acordo com Josué de Castro, o Brasil é dividido em quatro espaços: dois de fome endêmica, um de fome epidêmica e um de desnutrição. No Brasil em geral, houve mudança rápida de situação com a redução nos valores de prevalência de deficiência estrutural, porém no espaço rural esse declínio foi mais lento.
A desnutrição diminuiu, mas aumentou a prevalência de sobrepeso e obesidade na população brasileira. Essa foi uma característica marcante do processo de transição nutricional no Brasil, pois se foi de um extremo a outro, da desnutrição à obesidade.
Foi feita uma comparação entre Nordeste e Sudeste do Brasil, onde nota-se a diferença entre os gêneros e uma prevalência mais elevada da obesidade na região mais meridional.
Na primeira parte da década de 90, a renda per capita e sua