ensaio sobre a cegueira

1323 palavras 6 páginas
Síntese: Ensaio sobre a Cegueira

O Ensaio sobre a cegueira é uma crítica aos valores sociais, expondo o caos a que se chega quando a maioria da população cega. As personagens não têm nomes, sendo descritas por características próprias – o primeiro cego, o médico, a mulher do primeiro cego, a rapariga de óculos, entre tantos outros que aparecem no desenrolar da narrativa, onde uma epidemia se alastra a partir de um homem que cega esperando o semáforo abrir. Os personagens passam pelo processo de transformação às custas da dor, do sofrimento e da precariedade que viveram no manicômio. Ao viverem murados, na total solidão e sem o auxílio das autoridades, tornaram-se a torpeza da humanidade, ao se digladiarem por um prato de comida ou uma cama para dormir.
Os personagens não enxergam os outros e nem a si próprios, a pessoa sabe que fez coisas que ferem, mas não quer ver.
Nesta interpretação, a epidemia da cegueira não é um castigo, mas sim um alerta que surge em forma de uma doença social e que afeta o grupo. A epidemia simboliza a falta de visão das “autoridades” que abandonam o cidadão num manicômio, como se ele fosse um objeto sem serventia, sem utilidade e deve ser separado dos demais. O uso desta lógica denota uma negligência das autoridades perante as pessoas cegas e demonstra a falta de uma postura ética da própria sociedade, em relação ao próprio homem.
O realismo prático dos homens que vivem nesta sociedade impede-os de ter consciência não só da realidade objetiva, do visível e do tangível, mas também da realidade subjetiva, do mundo interno de cada um. A autopretensão do homem leva-o a um destino cego e que o surpreende, inúmeras vezes, em situações terríveis e inusitadas e impossibilita-o de ver a verdade de seus crimes, a fim de repará-los.
Os personagens podem utilizar a cegueira para recuperar o seu olho interior, para se reconhecer e se decifrar. A cegueira serve para que o homem enxergue a si mesmo, com os olhos de sua alma e altere o seu

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