Ensaio - budapeste

Maria Eduarda M. E. Schwarzenbeck
Abitur
Prof.a - Lusimar
Ensaio – Budapeste de “Chico Buarque” - Texto refeito (10/15)

Análise Budapeste
A obra Budapeste de Chico Buarque levanta algumas questões sobre o mundo atual, em que a sociedade se tornou e seus respectivos valores, buscas e ideologias. A linguagem como mercadoria e a língua como objeto de consumo, como se fosse “souvenir”, artigos para turistas são um destes temas. A história ocorre em Budapeste, Hungria e no Rio de Janeiro, Brasil, tendo uma ligação direta entre elas na vida de José Costa, posteriormente Zsoze Kosta, criando uma situação de reflexos em seus atos e vivências. Há várias analogias para a escolha da cidade Budapeste, uma delas é a capital ser dividida pelo Danúbio, Buda e Pest, reforçando a ideia de duas vidas paralelas ligadas entre si.
A relação entre as mulheres, livros, línguas e uma série de outros pares simétricos ficam claros no decorrer da história. Um exemplo, é o personagem começar a escrever algo novo, biografias para tentar encontrar nelas sua própria identidade (“O Ginógrafo”), no Rio de Janeiro; e poemas (“Tercetos Secretos”), em Budapeste. Nota-se que, em acontecimentos posteriores, Zsoze age de forma semelhante à história do Alemão, indicando esta busca por sua identidade e, novamente, a união de duas vertentes.
A vida de José com Vanda e seu filho Joaquim no Rio de Janeiro, leva ao leitor um sentimento oneroso, de obrigação, onde o que o faz feliz, quase unicamente, é ser ghost-writter. Porém, em Budapeste com Kriska e Pisti, este sentimento se inverte. Ele tem mais interação com Pisti, do que com seu próprio filho e também com Kriska. Ele admira Vanda, mas com Kriska, percebe-se uma ligação mais verdadeira, natural e intensa, algo que realmente o satisfaz. Ela pode proporcionar-lo o que mais gosta: a língua, além do relacionamento. Então junta assim, tudo o que mais gostava em uma só coisa.
Nos dois lados do espelho há igualmente o envolvimento de outro homem com sua