eletrocardiograma

3653 palavras 15 páginas
Desigualdade social e subcidadania no Brasil
Quais as implicações teóricas de autores que pensaram o Brasil a partir de um "essencialismo culturalista"? Por que ocorreu o processo de naturalização da desigualdade em países periféricos como o Brasil? O que Jessé Souza procura realizar não é uma "desconstrução" das teorias que explicaram o Brasil, mas sim construir uma hipótese que sirva de alternativa a essas tradições. Para tanto, o autor apóia-se nos trabalhos de Charles Taylor e Pierre Bourdieu, com o objetivo de revelar como ocorre o processo de naturalização da desigualdade em sociedades periféricas. São essas as questões que Jessé Souza, professor do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), procura responder em seu trabalho.
O livro de Jessé Souza é composto de três partes encadeadas que procuram responder à problemática da subcidadania em países periféricos, tendo, assim, duas unidades presentes no livro: a primeira consiste na discussão teórica a partir de Pierre Bourdieu (1984) e Charles Taylor (1991) para repensar e demonstrar a vinculação entre "[...] uma hierarquia valorativa, que se traveste de universal e neutra, com a produção de uma desigualdade social que tende a se naturalizar tanto no centro quanto na periferia do sistema" (SOUZA, 2003a, p. 16). Assim, a preocupação de Jessé Souza é que o estudo das sociedades periféricas retorne a sua articulação com questões universais. Para o autor, estudar a naturalização da desigualdade periférica pode contribuir para compreender também efeitos similares nos países centrais, ainda que tais efeitos sejam menores, além de perceber a desigualdade social como a principal contradição da sociedade brasileira (SOUZA, 2003b).
A segunda unidade é demonstrar como a desigualdade social do Brasil pode ser percebida não como herança pré-moderna ou personalista, mas sim como resultado de um efetivo processo de modernização de proporção ampla que tomou o país no início do século XIX. Sendo assim,

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