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A dimensão ética do meio ambiente, pode ser denominada de socioambiental, pois existe uma profunda ligação das questões sociais com a problemática ambiental e vice versa. Essa pode oferecer às pessoas um conjunto de princípios e condutas normativas, melhorando as relações entre o cidadão, a sociedade e o meio ambiente, nos levando, assim, às mudanças, necessárias, de hábitos e costumes. Os textos tentam abordar as questões da ética ambiental de maneira ampla, envolvendo diferentes reflexões no campo da filosofia, da teologia, da espiritualidade, dos movimentos sociais, das culturas tradicionais, da problemática do desenvolvimento sustentável, da educação ambiental, entre outras.
Padre Josafá afirma que o mundo vive, além da crise econômica, uma crise ecológica sem precedentes, visto que é evidente que o modelo consumista do capitalismo agrava ainda mais a degradação ambiental. No entanto, a crise ecológica é mais profunda do que os sistemas econômicos, uma vez que atingem tanto as dimensões pequenas e locais, como também as dimensões grandes e globais. É uma postura de distanciamento do homem em relação à natureza e da perda da cosmo visão, a visão de totalidade. Isso é inerente ao individualismo típico da sociedade moderna.

O autor aborda questões e idéias de autores, tentando argumentar e defender uma filosofia da natureza, que tem por finalidade criar uma conscientização da natureza não apenas numa mera condição de objeto, dando “uma dignidade própria de sujeito de valores”.
Josafá continua o livro questionando os momentos em que se encontra a relação da ética ambiental com a relação com o homem, e nomeia os nomes de acordo com o decorrer do tempo. Apresenta que o ecocentrismo é o último momento dessa relação, e é marcada por fragilidades, pelas grandes preocupações com o meio ambiente, pelas mudanças climáticas, como o efeito estufa, a desertificação, entre outros. O desafio ético encontrado nesse momento, elencado pelo autor, é o fato de buscar uma