Ecce homo

635 palavras 3 páginas
Ecce Homo é uma das obras mais controvertidas de Nietzsche, publicada em meio ao agravamento de sua doença e transtorno mental. A intenção de Nietzsche ao deixar esta última obra, pelas suas próprias palavras, era de não ser confundido ou mal compreendido. Tinha receio de ser "santificado" ou idolatrado e, por isso mesmo, deixou claro que não era nem santo (cita-se: "Eu sou um aprendiz do filósofo Dionísio, e faço gosto de ser tomado antes como sátiro do que um santo.") e que não desejava ser imitado e sim ser tomado como modelo (como já citado em A Gaia Ciência). Neste livro ele não economiza palavras para citar grandes autores (muito ou pouco conhecidos). Explica o momento da vida no qual publicou cada uma de suas obras, dando, inclusive, em alguns casos, uma sinopse dos escritos. Elogia, inclusive, aquela que considera como obra máxima, não apenas sua, mas de toda humanidade: Assim Falou Zaratustra. Antes de sua profunda enfermidade, fez questão de saber que seu livro havia sido publicado e traduzido.

Eis o homem!
“Neste dia perfeito, em que tudo amadurece e não apenas as uvas se tornam douradas, um raio de sol cai justamente sobre a minha vida: olhei para trás, olhei para frente, e nunca vi ao mesmo tempo tantas e tão boas coisas. Não foi em vão que hoje sepultei o meu 44° ano, era-me permitido sepultá-lo — o que nele era vida está salvo, é imortal. A “Transmutação de todos os valores”, os “Ditirambos de Dioniso” e, para recriação, o “Crepúsculo dos ídolos” - tudo prendas deste ano, e até do seu último trimestre! Como não deveria estar reconhecido por toda minha vida? Eis por que a mim próprio narro a minha vida.”

Uma visão sobre si mesmo e o mundo que o cerca. Nesta obra autobiográfica, Nietzsche em seus últimos momentos de lucidez antes do agravamento da doença venérea, exemplifica-se toda a sua formação desde o seu passado até o presente e critica sem hesitação alguma a sociedade alemã, grandes filósofos, a moral e até a sua própria família em

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