Nietzsche Friedrich Ecce Homo

33455 palavras 134 páginas








ECCE HOMO

Friedrich Nietzsche

Tradutor:
Artur Morão

www.lusosofia.net































F ICHA T ÉCNICA
Título: ECCE HOMO. Como se chega a ser o que se é
Autor: Friedrich Nietzsche
Tradutor: Artur Morão
Colecção: Textos Clássicos de Filosofia
Direcção da Colecção: José Rosa & Artur Morão
Design da Capa: António Rodrigues Tomé
Composição & Paginação: José M. S. Rosa
Universidade da Beira Interior
Covilhã, 2008































Apresentação
Não deixa de ser curiosa e surpreendente a imagem que Nietzsche nos oferece de si mesmo neste escrito agreste e, por vezes, de tom alucinatório; ou a maneira como interpreta alguns rasgos do seu pensamento e da tarefa que aqui empreendeu.
Fala-nos, por exemplo, do seu ódio ao idealismo, do seu ateísmo instintivo, quase visceral, portanto não apenas teoricamente postulatório, da sua indiferença total à experiência religiosa1 (será essa uma das razões por que foi de todo insensível à mística cristã, na sua avaliação exclusivamente «moral» do cristianismo?). Vê-se sobretudo como psicólogo, com um faro infalível e umas antenas psicológicas para a múltipla imundície oculta no fundo das almas. Tenta, por isso, delinear a psicologia do cristianismo – negação da vontade viver – cujo nascimento deriva, aos seus olhos, do ressentimento e que investe sobretudo no antagonismo mortal à vida; e também a psicologia do “sacerdote”, do qual denuncia o instinto de negação e de perversão sob os seus mais santos conceitos de valor. De facto, Nietzsche exalta repetidamente, sem temer a monotonia, a sua mestria em descobrir instintos de decadência, em inverter perspectivas, a sua psicologia da «visão dos recantos» e, citando Ovídio, a sua “apetência pelo negativo” (“nitimur in vetitum”).
Segundo ele próprio afirma, não pretende (como os sacerdotes)
«melhorar» a humanidade, mas tão-só desmascarar os esconderijos e o subterrâneo do ideal, subverter o ideal ascético e os seus

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