Diuréticos

1. Diuréticos
Os diuréticos são os medicamentos mais utilizados para o tratamento da hipertensão arterial: possuem ação anti-hipertensiva em monoterapia e efeitos sinérgicos ao serem associados com outros fármacos anti-hipertensivos. Eficazes, econômicos e com poucos efeitos adversos, junto com um grande grupo de estudos com resultados positivos no tratamento de hipertensão arterial, os diuréticos são os medicamentos de primeira linha.
Segundo Goodman e Gilman (2012, p. 677) “... os diuréticos são fármacos que incrementam a velocidade do fluxo da urina”. Mas o mecanismo de ação arrasta consigo além de água outros íons e cátions, dentre eles o sódio e cloro. Os diuréticos agem em torno do líquido extracelular para reduzi-lo através da excreção de NaCl (um dos principais fatores determinantes do líquido extracelular). O real efeito sobre a hipertensão se dá a largo prazo quando ocorre a diminuição da resistência vascular e o gasto cardíaco retorna ao seu valor normal junto com o líquido extracelular devido ao processo compensador provocado pelo mecanismo de renina-angiotensina-aldosterona.
Esses fármacos também produzem efeitos sobre outros cátions como, por exemplo, potássio, magnésio, cálcio, hidrogênio entre outros. Sabe-se que o uso diário também acarreta em desequilíbrios hidroeletrolíticos e metabólicos de importância clínica, sendo a hipocalemia a mais frequente. A perda urinária de potássio ocorre em todos os diuréticos que agem sobre o túbulo contorneado distal, mas nos tiazídicos principalmente por possuírem uma ação prolongada impedindo que os mecanismos de retenção atuem sobre o potássio. Podemos citar como distúrbio metabólico o aumento da resistência vascular à insulina, em pacientes com níveis de glicose discretamente elevados que passaram a um aumento patológico após o uso diário, principalmente de tiazídicos.
Os diuréticos são classificados de diversas maneiras (estrutura química, eficácia, sitio de ação), mas neste trabalho, seguiremos o