DISORTOGRAFIA

Introdução
Segundo Batista (1993:9) uma criança necessita de educação especial se manifestar alguma dificuldade de aprendizagem que requeira uma medida educativa especial. Uma vez que a disortografia é caracterizada como uma NEE na aprendizagem da escrita, sendo nós futuras profissionais no campo na educação, é necessário que tenhamos um olhar atento e preocupado sobre as nossas crianças relativamente a esta temática, já que a leitura e a escrita são aprendizagens fundamentais e primárias para as aprendizagens posteriores das crianças, como referem os autores Citoler e Sanz (1993:112): “aprender a ler e a escrever deve transformar-se rapidamente no ler e escrever para aprender”.
Desenvolvimento
Torres & Fernández (2001:77) referem que o processo de ortografia constitui um mecanismo complexo que requer aptidões muito diversificadas: capacidades perceptivas específicas, competências associadas ao pensamento lógico, capacidades psicolinguísticas, capacidades afetivo-emocionais e habilidades motoras (ligadas ao traçado gráfico e que assumem um menor relevo quando falamos em disortografia). Tudo isto permite que a criança seja capaz de levar a cabo uma escrita correta respeitando as normas da sua língua. Quando uma criança não reúne estas condições poderá revelar disortografia.
A disortografia corresponde a uma perturbação específica da escrita. Segundo Pereira (2009:9) a disortografia designa-se por uma: "Perturbação que afeta as aptidões da escrita e que se traduz por dificuldades persistentes e recorrentes na capacidade da criança em compor textos escritos. As dificuldades centram-se na organização, estruturação e composição de textos escritos; a construção frásica é pobre e geralmente curta, observa-se a presença de múltiplos erros ortográficos e uma má qualidade gráfica. É possível haver uma disortografia sem que esteja presente uma dislexia."
Pode definir-se de forma mais simples como "o conjunto de erros da escrita que afetam a palavra mas não o seu traçado