DIREITO E LITERATURA

1240 palavras 5 páginas
Robinson – 1632 nasce, parte em 1659, um ano antes da queda de Carlos I. Regressa em 1686, 2 anos antes do inicio do parlamento liberal. Defoe parece querer distanciar seu personagem das turbulências políticas vividas pela Inglaterra no século XVII. Além disso há uma convergência entre o período de exílio e reinserção social na ilha do desespero de Robinson, a maturação intelectual do autor, e as mudanças ocorridas na Inglaterra, como se o autor quisesse representar em seu herói a historia de sua pátria. Sendo o período de isolamento uma representação da revolução mercantil e liberal.

Robinson é o símbolo de uma sociedade burguesa sedenta por empreender e se aventurar. Símbolo de uma classe que deseja elevar-se e que não lhe interessa mais a estaticidade na aristocracia rural, mas sim o dinamismo mercante. Crusoé é dessa forma um subversivo que anseia uma ascensão.

A religião, por natureza, segundo o pastor John Wesley, produz indústria e frugalidade que elevam a riqueza do homem, porém quanto mais esta se eleva aumentam a cobiça, orgulho e o materialismo. Este consiste no dilema puritano, no qual Robinson Crusoé apresenta uma resposta através do mito do individualismo do homem burguês que tem na apropriação privada abençoada por Deus, sua fundação.

O sucesso de Dafoe está em combinar dois tipos de literatura aparentemente antagônicas. A literatura puritana e os relatos de aventuras e viagens. Dessa forma constrói-se o mito do homem colonizador, disposto a se aventurar e empreender mas ao mesmo tempo levando a palavra de Deus para os mais distantes recantos da terra, certo de seu direito divino de posse.

Crusoé ao empreender diversas viagens sofre diversos infortúnios, o que, para François Ost, é um sinal da desaprovação divina perante ao que ele diz ser um dos maiores pecados da moral puritana: a recusa em se fixar em um estado.

Ao se deparar naufragado e sozinho em uma ilha, Robinson não se desespera. Logo que recuperado do naufrágio ele se

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