Direito Constitucional

O documentário aqui mostrado, tem como tema, bagatela e mostra a opinião. Mostra em tese a opinião dos juristas em relação ao princípio da insignificância, até onde se deve considerar insignificante um furto, ou que um furto não pode ser insignificante pois não existe valor algum que seja insignificante; Mostra a sensibilidade da Advogada Sônia Drigo ao relatar os casos que ela pegou e a insensibilidade do Estado ao falar do Olho de Maria Aparecida, que ficou cega quando foi encarcerada. Mostra também a história de três mulheres. Sueli, Maria Aparecida e Vânia. Sueli e Maria Aparecida se mostram indignadas com a prisão e o processo por tão pouco, Sueli afirma que tenha cometido tal ato por necessidade e Maria Aparecida alega não considerar crime o ato por ela cometido, e ainda assim não usufruindo do produto. “Como pode ser crime se eu nem usei o XAMPU” Já Vânia, ainda detrás das grades, admite que é reincidente e demonstra culpa pelos seus atos. Porém, “se pudesse se autodefender pediria para o Juiz uma nova chance, para ser amada ter uma casa e cuidar do seu filho”. Comidas simples, roupas baratas e cosméticos populares são os objetos preferidos dos furtos. O documentário não julga, mas traz uma preciosa contribuição para quem tem essa tarefa. Descreve quem são, como vivem e o que pensam algumas das destinatárias das decisões judiciais. As entrevistas resgatam o sentido humano que não se alcança facilmente em um julgamento. O documentário mostra também a vida pessoal e um ponto de cada uma dessas mulheres como a Maria Aparecida, apaixonada pela música italiana, Vânia e o amor que já a fez se cortar por seu ‘baixinho de cabelo grisalho e sem dentes’ e a implicante Sueli, que se revolta até mesmo com a advogada voluntária que lhe atende e com as câmeras que gravam o documentário. Quanto ao tema de fundo, é possível resumir numa única frase a indignação pela movimentação do poder policial e judicial por crimes de bagatela: é um absurdo que a liberdade ainda valha