Diferenças entre o absolutismo inglês e o francês

Absolutismo francês O processo de centralização polítcia da França começou ainda na Idade Média e se intensificou depois da Guerra dos Cem Anos (1337-1453) com a dinastia dos Valois. Durante o século XVI, o cenário político francês era dominado pelas disputas religiosas entre protestantes e católicos, que acabavam dificultando a centralização política. Durante o reinado de Carlos IX as disputas entre os católicos e os huguenotes (protestantes calvinistas da França) foram mais intensas e violentas. Mas foi durante a dinastia dos Bourbons que o absolutismo atingiu seu apogeu. O primeiro rei Bourbon, Henrique de Navarra, protestante, sucessor de Henrique III, após a Guerra dos Três Henriques da qual saiu vitorioso, enfrentou forte pressão católica que o levou a abandonar o protestantismo e se tornar católico, assumindo o título de Henrique IV. Em 1598 Henrique promulga o Edito de Nantes, concedendo assim a liberdade de culto aos protestantes e causando a pacificação e consolidando o absolutismo na França. Após a morte de Henrique IV, assumiu o trono Luís XVIII. Em 1612 o rei convocou o Parlamento pela última vez até a Revolução Francesa em 1789. Era uma clara indicação de que os Bourbons, absolutistas por excelência, dispensavam interferências em seu governo. Mas a figura de maior destaque nesse período foi o cardeal Richelieu, ministro de Estado. Richelieu buscou enfraquecer a influência política da nobreza, cassou direitos dos que se opunham ao rei e possibilitou o acesso da burguesia a cargos da administração pública. No plano externo, Richelieu levou a França a se tornar uma das grandes potências europeias e a intervir na Guerra dos Trinta Anos (1618-1648). Após esse episódio, a França travou uma longa batalha para conter as aspirações hegemônicas dos Habsburgos. O absolutismo francês teve seu auge na figura do rei Luís XIV, autodenominado "o Rei Sol." Luís XIV assumiu o trono ainda durante a Guerra dos Trinta Anos que terminou