Didatica, resumo

Os fundamentos educacionais que norteiam o fazer pedagógico

Na educação, dois princípios devem ser firmemente defendidos: todo processo de educação que não visa a desenvolver ao máximo a atividade própria do aluno é mau; todo sistema educativo incapaz de fornecer uma resposta racional à pergunta dos alunos é defeituoso.(Castoriadis).

Diante dos cenários, ser humano, perfil de aluno, emerge a necessidade de repensar os fundamentos da educação. Esse repensar começa pelos conceitos que temos relativos à educação. Novos paradigmas, como interdisciplinaridade, pedagogia de projetos, pesquisa em sala de aula, situações-problema, são temáticas que vêm permeando as reflexões dos pedagogos nos últimos anos.
No entanto, pouco têm sido praticados. Tais paradigmas são conseqüências de buscas iniciadas há muito tempo, se não fossem essas construções do passado, não teríamos chegado ao estágio atual. Segundo Perrenoud:

O debate atual só é possível porque, há um século, os defensores da Escola Nova e das pedagogias ativas questionam as relações entre os conhecimentos e as práticas sociais, o sentido do trabalho escolar e a ausência de projeto.

Olhar o passado é compreender o presente, desde a Antiguidade, o homem procura explicações para os fenômenos e dar um sentido ao seu ser e estar no mundo. Sócrates, partindo do conhecido para o desconhecido, apresenta-se como homem que nada sabe e interrogava principalmente os jovens, para destruir a educação adquirida sem reflexão, e para substituí-los por um saber extraído de dentro do ser humano. Sócrates já indicava a insatisfação de que o saber não é algo que alguém (mestre) transmite à pessoa que aprende (discípulo).
Depois encontramos em Comênio (1592-1670) as indicações de que o professor deve mostrar a utilidade e a aplicação de conhecimento adquirido, e fazer referência à natureza e origem dos fenômenos estudados, às suas causas.
Por sinal, muito atual!
La Salle (1651 – 1719) estabelece como fim