depois da porteira
UMA ESTRATÉGIA DE
COMPETITIVIDADE E SOBREVIVÊNCIA
PARA PEQUENAS E MÉDIAS
EMPRESAS
Maria Elena León Olave
João Amato Neto
v.8, n.3, p.289-303, dez. 2001
Departamento de Engenharia de Produção
Universidade de São Paulo
Av. Professor Almeida Prado No. 128, Travessa 2, Sala 229
CEP 05508-900
E-mails: melena@usp.br, amato@usp.br
Resumo
Uma das principais características do atual ambiente organizacional é a necessidade das empresas atuarem de forma conjunta e associada. Desta forma, surge como possibilidade concreta para o desenvolvimento empresarial, os modelos organizacionais baseados na associação, na complementaridade, no compartilhamento, na troca e na ajuda mútua, tomando como referência o conceito de redes advindo, principalmente da Sociologia. As redes de empresas representam uma forma inovativa de obter competitividade e sobreviver no mundo globalizado. Este artigo tenta analisar as redes de cooperação produtiva sobre a perspectiva de vários autores e reforça o conceito de colaboração mútua a fim de que as empresas possam sobreviver e se manterem competitivas no mercado internacional.
Palavras-chave: redes, redes de cooperação produtiva, pequenas e médias empresas (PMEs), competitividade. 1. Apresentação
A
partir do crescimento da internacionalização da economia intensificou-se a necessidade da reorganização dos fatores produtivos e os modos de gestão empresarial com a finalidade de compatibilizar a organização com padrões internacio-
nais de qualidade e produtividade. Devido a esse fato, as organizações adotam novas formas de gestão de trabalho, nos seus produtos e nos seus processos de produção, inovando na preocupação de se ajustar com as exigências mundiais. É lógico pensar que o uso da tecnologia têm significativas implicações nos processos produtivos e
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Olave & Amato Neto – Redes de Cooperação Produtiva
condicionam as empresas na adoção de novas estratégias. Entre