Dengue

Universidade da Região de Joinville – Univille
Departamento de Farmácia

Virologia
Professora Maristela
Acadêmicos: Daniel Nunes / Isaquiel Bernardi
Nov/2013

Caso Clinico 4

F.B.S., 3 anos, masculino, mulato claro, natural e procedente de Salvador. Febre há ± 4 dias em torno de 40ºC, dor retrorbital intensa e em uso de Tylenol sem melhora. A partir do 3º dia de doença, quando foi introduzido Nimesulid houve remissão da febre e surgimento de fezes amolecidas, com aspecto de “borra de café”, odor fétido, 3 a 4 episódios/dia. No 4º dia de evolução surgiram artralgia em joelhos, rash cutâneo avermelhado de aspecto morbiliforme e sangramento nasal importante. Genitora refere que a criança já teve suspeita de dengue em duas oportunidades sendo a última há ± 01 mês, quando foram solicitadas sorologias. Nega alergia medicamentosa e alimentar. Nega internamentos prévios e outras patologias.

Aspectos clínicos:
Ectoscopia– Paciente em regular estado geral e bom estado nutricional, lúcido,acianótico, anictérico, hidratado, descorado;

Pele– Rash cutâneo com eritema e áreas esbranquiçadas, de aspecto mosqueado, sobretudo em membros, com eritema e palmar e plantar.

Orofaringe– Tonsilas avermelhadas e com pontos hemorrágicos; palato com petéquias

Sorologia para Dengue realizada há um mês: IgG e IgM positivas

Hemograma: trombocitopenia, linfocitose.

Pergunta-se:

1) Suspeitas diagnósticas? Justifique.
A suspeita é dengue hemorrágica (Grau II – Presença de fenômenos hemorrágicos espontâneos), pois a sorologia para dengue IgG e IgM foi positiva. Além disso, os sintomas apresentados de sangramento nasal, trombocitopenia (redução do número de plaquetas) e temperatura elevada são características importantes desta doença que podem causar hemorragias.

2) Explanar sobre o agente etiológico e etiopatogenia da doença.
É um vírus RNA. Arbovírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviridae. São conhecidos quatro sorotipos: DENV 1,