democracia delegativa

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Estado e violência
DEMOCRACIA DELEGATIVA
Os novos governos democráticos, que saíram de um regime autoritário, não são democracias representativas, mas sim democracias delegativas. As democracias delegativas não são democracias consolidadas ou institucionalizadas, mas podem ser duradouras. Não há ameaças iminentes de uma regressão autoritária aberta, mas também não há a avanços em direção a uma representatividade institucionalizada, fruto da profunda crise social e econômica que o país herdou de seus antecessores autoritários.
Na instalação de um governo democraticamente eleito, espera-se que haja uma segunda transição, de um governo democraticamente eleito para um regime democrático, ou seja, para uma democracia institucionalizada consolidada. Mas, nada garante que essa segunda transição seja feita e o elemento decisivo para determinar o resultado dela é sucesso ou fracasso na construção de um conjunto de instituições democráticas que se tornem importantes pontos decisórios no fluxo do poder político. Tal resultado é condicionado pelas políticas públicas e pelas estratégias políticas de vários agentes, que incorporem o reconhecimento de um interesse comum na tarefa de construção institucional democrática.
As democracias delegativas se fundamentam em uma premissa básica: o que ganha uma eleição presidencial é autorizado a governar o país como lhe parecer conveniente e, na medida em que as relações de poder existentes permitam, até o final de seu mandato. O que ele faz em seu governo não precisa guardar nenhuma semelhança com o que ele disse ou prometeu durante a campanha eleitoral, ou seja, foi autorizado a governar como achar conveniente.
Tipicamente, os candidatos presidencialistas vitoriosos nas democracias delegativas se apresentam como estando acima de todas as partes, isto é, dos partidos políticos e dos interesses organizados. Nessa visão, outras instituições – como o congresso e o judiciário – são incômodos que acompanham as vantagens internas e

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