Critica aos Manicômios - Filme em nome da razão

O homem, inserido e pertencendo ao um contexto físico e social, precisa ter consciência da importância de suas ações, para tanto é necessário que tenha percepção de suas atitudes e comportamentos, tendo noção de espaço e lugar ocupado (Pinheiro, Gunther & Guzzo, 2006). Uma instituição pode ser definida como um lugar ocupado como residência onde um grande número de pessoas com situações semelhantes, são separados da sociedade por um período determinado de tempo, levando uma vida fechada e formalmente administrada (Goffman, 1961). Porém, não são todas as pessoas que vivem nestas instituições tem consciência do lugar em que estão inseridas ou até de si mesmas, ou seja, as instituições são Hospitais Psiquiátricos e as pessoas sofrem de doenças mentais. O trabalho em questão trata a respeito do filme “Em nome da razão”, 1979, de Helvélio Ratton, que aborda a situação do hospital psiquiátrico de Barbacena-MG.
O filme retrata a desqualificação de pessoas e a sua degradação de forma física e moral dentro do hospital colônia da cidade, colocando-o como um deposito de indivíduos sem famílias, “improdutivos e indesejáveis” socialmente. Muitas pessoas internadas não eram doentes mentais, mas acabavam se tornando literalmente loucas pelas condições que tinham dentro do manicômio, pois acabavam perdendo sua qualidade de vida e dignidade como ser humano, se tornando verdadeiros animais. O Manicômio de Barbacena, foi um lugar perturbador, semelhante há uma prisão por conta da sujeira, do fedor e da desumanização existente, um reino da loucura, onde os pacientes eram apenas largados em situações de extrema degradação e as vezes até esquecidos para fora dos pavilhões e morriam no sereno e frio da noite.
Além de serem reeducados moralmente e inseridos na sociedade para uma recuperação mais satisfatória do paciente, a situação era controversa e os pacientes eram esquecidos dentro de quatro paredes. Hospitais que usam a psiquiatria somente a base de medicamentos, eletrochoques,