Conversas sobre a iniciação à pesquisa científica
Título: Conversas sobre iniciação à pesquisa científica
Autor: Elisa Pereira Gonsalves
Capítulo III – Considerações em torno do objeto de pesquisa, e IV – Escolhendo o percurso metodológico
Resumo
A investigação científica, na compreensão de grande parte dos pesquisadores, tem como regra conhecer a essência, o núcleo do fenômeno estudado, indo além do conhecimento superficial sobre o assunto.
Há dois momentos importantes no processo de investigação. O primeiro é analisar o objeto de estudo e quais impressões temos sobre ele, com base apenas nas aparências, ou como é chamado por Kovik (1985), mundo da pseudoconcreticidade, onde a essência das coisas não é compreendida por nossos olhos, é preciso investigar para conhecer os detalhes, e como esses dois mundos se relacionam.
Ao fazer uma pesquisa, é necessário, após definir o tema e organizar as primeiras informações, problematizar o tema, o que significa levantar questões para ajudar a definir o problema, e situá-lo em um debate teórico.
Para problematizar o tema, um passo importante é selecionar, dentro de diferentes estudos, a sua abordagem. É preciso explicitar as referências teóricas disponíveis, estar atento aos dados nelas contidos. Teremos então a primeira aproximação do objeto de estudo.
O pesquisador sempre começa sua investigação em busca de novas respostas, podendo formular uma questão, representando um problema a ser solucionado, ou indicando um tema que merece discussão. A questão poderá ser literalmente uma indagação ou apenas indicar o tema a ser discutido, mas é importante que esta seja clara e objetiva.
Não há restrições na escolha do tema a ser investigado, mas uma questão bem delimitada pelo pesquisador será facilitada, ao contrário de uma questão muito ampla e abrangente. Ao organizar a situação problemática, pode haver vários aspectos, devendo um deles ser selecionado para ser estudado com mais profundidade. Deve-se considerar a relevância do tema e a possibilidade do