Contratransferência

Contratransferência
A contratransferência e a transferência, são de grande importância dentro do contexto analítico, sendo uns dos conceitos fundamentais, um não existe sem o outro.
A transferência e contratransferência são distintas uma das outras, a transferência são projeções relacionadas a reações emocionais do paciente, dirigidas ao analista, já a contratransferência envolve sensações, sentimentos e percepções que surgem por parte do terapeuta. Symington (1990) citado por Gabbard (2005), diz que a contratransferência é “ algo em que o paciente “provoca” o terapeuta a pensar os pensamentos do paciente ao invés de seus próprios”.
O trabalho analítico visa a uma revelação de elementos inconscientes ao paciente. Este trabalho, feito a partir da fala do paciente e da escuta do analista, busca a construção de sentidos conscientes que integrem desejos e fantasias recalcados.
A contratransferência são sentimentos que o terapeuta pode sentir como medo, dúvidas, excitação, confusão, tédio, etc. Porém, o terapeuta deve ter em mente que antes de ser psicólogo, psicanalista, ele é um ser humano e esta sujeito a essas sensações, para isso ele deve ter a capacidade, coragem e honestidade de reconhece- los, de modo a não permitir que esses sentimento se transformem em uma contratransferência patológica que ocorre quando o terapeuta sente varias sensações e transfere para o individuo “sua neurose particular, e essa ultima situação pode custar muitos abusos, injustiças e um resultado iatrogênico contra o paciente.” Reconhecer a contratransferência auxilia no processo de transformar os sentimentos negativos em empatia. (ZIMERMAN,2004). Para Freud a contratransferência consistia em uma resposta emocional do analista aos estímulos que provêm do paciente, ele destacava o quanto era importante a necessidade do analista a superar os seus pontos cegos. Para Gabbard (2005), essa versão freudiana para contratransferência era uma visão estreita, e hoje ela é considerada