Contra

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Análise da música Alegria, Alegria de Caetano Veloso escrito em domingo 08 novembro 2009 15:32

alegria alegria, caetano veloso, Tropicália
Caminhando contra o vento
Composta por Caetano Veloso em 1968, Alegria, Alegria é uma das grandes representantes do Tropicalismo. Contrastando com a Bossa Nova, o movimento, que tinha como ícones Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Nara Leão e Gal Costa, buscava a destruição de algumas estruturas de comportamentos fixadas até então, bem como a solidificação de uma música popular brasileira com maiores tendências internacionais. A Tropicália visou a derrubada de preconceitos, mostrando todas as influencias da MPB, desde Luiz Gonzaga até Vicente Celestino. Desenvolveu-se nos anos 60 com uma proposta nos moldes do movimento modernista de 1922. Uma dessas características é o caráter antropofágico de Caetano Veloso, capaz de dirigir e recriar todas as possibilidades oferecidas pela música brasileira e estrangeira.
Alegria, Alegria foi composta neste contexto. Por isso, mostra-se uma música carregada de ideologias e idéias que vão de encontro à cultura, ao regime e à ideologia vigentes.
Se, devido a o regime ditatorial, as pessoas devem andar na linha obedecendo e se submetendo a regras e metas previamente estipuladas, Caetano propõe uma caminhada “contra o vento”, ou seja, contra a ordem imposta das coisas. Além disso, “sem lenço e sem documentos” conota uma crítica à norma que proibia as pessoas de saírem às ruas sem portar documentos.
Caetano Veloso, em seu livro Verdade Tropical, falou sobre o famoso e marcante verso “sem lenço e sem documento” correspondente à idéia do jovem desgarrado que, mais do que a canção queria criticar, homenagear ou simplesmente apresentar.
Alegria, Alegria não se caracteriza como uma canção de protesto igual a tantas outras compostas nessa época, como Apesar de Você, de Chico Buarque. Ao contrário, a música de Caetano questionava as idéias e as tensões daquelas que lutavam contra a

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