Conf Venezuela

Manifestantes pró e contra o governo de Nicolás Maduro tomaram conta das ruas de Caracas, na Venezuela.
Na terça-feira (18), um dos lideres da oposição, Leopoldo Lopez, participou de uma grande manifestação e em seguida foi preso. Ele é acusado de incitar a violência durante os protestos. Desde a semana passada, quatro pessoas morreram.
Na capital do país, Caracas, há militares por toda parte. De um lado, protestos contra o governo, de outro, chavistas são convocados a mostrar apoio ao presidente Nicolás Maduro. A terça-feira terminou com panelaço em vários pontos da cidade, queima de lixo no meio da rua e revolta pela prisão de Leopoldo Lopez.
Lopez, que se entregou durante a manifestação, passou a noite fora da capital em uma prisão militar. Ele foi conduzido pelo presidente da Assembleia Legislativa, o chavista Diosdado Cabello. Quando pouco se sabia do paradeiro de Lopez, foi divulgado na internet um vídeo, gravado antes dele se entregar, onde pede para que os venezuelanos permaneçam nas ruas.
Na manifestação que celebrou a prisão do opositor, o presidente Nicolás Maduro deixou claro: quem passa do limite, tem que pagar por seu abuso e violência.
Os estudantes convocaram nova manifestação para esta quarta-feira (19), um ato de solidariedade a Leopoldo Lopez, que se apresenta à justiça hoje. Ele está sendo processado por incitação à violência, associação para o crime e danos ao patrimônio público.

Além dos dois estudantes que foram assassinados pela polícia venezuelana, nos próximos dias centenas de pessoas devem ser mortas em confrontos entre simpatizantes e opositores do presidente Hugo Chávez, com as diversas polícias protegendo os primeiros e atirando nos segundos. Em uma artigo publicado no maior jornal venezuelano (El Universal) a socióloga Maria Pérez Sol Schell disse que a “Sociedad venezolana está en estado de precombustión” e adverte que a conciliação é a única forma de evitar um mal maior, coisa que não agrada ao presidente.
Perez Schell