Conceitos de igualdade e diferença no contexto escolar |
Sustentar uma igualdade que respeite a diferença é o que esperamos de um mundo globalizado, essa é a política inclusiva, o qual essas duas posições representam duas formas distintas de tratar a questão das diferenças, mas incluir o sujeito é uma tarefa ética que implica em tratar a questão da existência das diferenças com a normalidade.
A questão decisiva para a política inclusiva parece residir na capacidade que ela terá ou não de tornar-se verdadeiramente oposição ao sistema do qual ela nasce. Mas pode pensar que o outro, ao qual a política inclusiva parece estar ligada, é á globalização uma direção de trabalho que deveria passar pela sua separação. Nesse sentido poderíamos pensar que a recente promoção dos direitos dos portadores de deficiência, objeto do projeto inclusivo, não é senão mais uma manifestação deste jogo democrático e que, como tal, implica que se administrarem as contradições que advirão desta medida.
O problema da diferença não é que ela exista, mas é o que ela associe a um valor comparativo que lega virtude a uns e defeitos a outros. O termo deficiência presume uma eficiência que não se tem e que outro tem. Mas o que admitimos com eficiência não é algo natural, mas cujo significado se constrói historicamente e que a partir daí não visa senão buscar a perenidade. Uma escola regular pode bem mais ser um palco onde a diferença se acentue como deficiência e o fato de que esta plausibilidade tenha se tornado a incidência mais comum deveria nos fazer questionar o que isto tudo traz como efeito. Afinal este seria o principio de qualquer postura responsável, perguntar-se não só pelas boas intenções, mas também e principalmente pelo o que ocorre quando as colocamos em atitudes concretas.
No Brasil, as diferenças tem sido confundida com integração, ou seja, colocá-lo em um grupo. A diferença está na forma como ela acontece, a escola inclusiva acolhe todos os alunos, com ou sem