Comunicação empresarial

Marlboro: o discurso político mudou?
Este trabalho destina-se a dar uma ideia de como é que se relacionou a comunicação política com a das empresas tabaqueiras, qual a imagem dos EUA que a Marlboro transmite e como é que a empresa tabaqueira consegue passar a sua mensagem no meio dos protestos anti-tabagistas do século XXI.

In Cadernos de Estudos
Mediáticos (Org. Paulo R.
Cardoso e Álvaro L. Cairrão).
Porto: Edições Universidade
Fernando Pessoa, 2006.
342-349.

Ana Viale Moutinho ([e-mail])

Introdução
Este trabalho destina-se a dar uma ideia de como é que se relacionou a comunicação política com a das empresas tabaqueiras, qual a imagem dos EUA que a Marlboro transmite e como é que a empresa tabaqueira consegue passar a sua mensagem no meio dos protestos anti-tabagistas do século
XXI. Para uma melhor compreensão e utilizado do conceito, entende-se por comunicação política aquela que trata da interacção entre a comunicação e a política, entre os cidadãos, entre estes e o seu governo e entre os políticos (International
Communication Association 2002), tendo em consideração que se serve de estratégias e condutas interdisciplinares da sociologia, da semiótica, da antropologia, da história ou da filosofia (Gerstlé, 1992, p. 7).
Relacionando a comunicação política com as empresas tabaqueiras Cristóvão Colombo descobriu o tabaco por volta de 1492 e trouxe-o para a Europa. Em 1612, começou a ser cultivado nas
Américas com intuito comercial e, sete anos mais tarde, passou a ser usado como moeda (World Health Organization).
As regulamentações sobre o uso do tabaco começaram cerca de 200 anos mais tarde. Assim, em 1639, era proibido fumar em certas regiões dos EUA e, em 1647, alguns cidadãos estavam autorizados a fumar publicamente uma vez por dia, enquanto que, em 1650, só o podiam fazer se tivessem mais de
21 anos, exceptuando por ordem médica (por falta de informação, havia médicos que mandavam fumar para curar