Classes sociais

Segundo Marta Harnecker e Gabriela Urine autoras do livro Luta de Classes, as características que adquirem as diversas sociedades dependem fundamentalmente do modo como nelas se produzem os bens matérias.
No processo de produção de bens materiais estabelecem-se normas especificas de relação entre os proprietários dos meios de produção e os produtores desses bens materiais. Os que são proprietários dos meios de produção exploram os que não possuem esses meios, por exemplo o modo de produção escravagista, feudal e capitalista. Em todos esses modos de produção, os meios de produção estão nas mãos de uns poucos, os proprietários desses meios de produção apropriaram-se do trabalho alheio, isto é exploram os trabalhadores.
Mas a exploração não existiu sempre. Nos povos primitivos, onde se produzia apenas para sobrevivência, não existia propriedade privada dos meios de produção, onde estes meios pertenciam a toda a comunidade e os frutos do trabalho dos seus membros eram para todos de forma igual. A exploração aparece quando um grupo de indivíduos da sociedade consegue concentrar nas suas mãos os meios de produção fundamentais, despojando desses meios de produção a maior parte da população e só ela só desaparecerá quando desaparecer a propriedade privada dos meios de produção e estes passarem a ser de propriedades coletiva de todo o povo.
As relações sociais de produção são estabelecidas em todo o processo de trabalho, relações especificas entre os proprietários dos meios de produção e os trabalhadores ou produtores diretos. As diferentes relações sociais de produção dão origem a grupos sociais diferentes, dando origem as classes sociais.
Conforme citação de Lenin no texto, ele define as classes sociais da seguinte forma: “As classes são grandes grupos de homens que se diferenciam entre si pelo lugar que ocupam num sistema de produção social historicamente determinado (quer dizer que ao analisar um a determinada sociedade devemos distinguir entre os indivíduos que