Charrua
No século XVI, antes da chegada dos primeiros colonizadores europeus, o extremo sul do continente americano era habitado por tribos indígenas, entre elas a Charrua, cuja origem corresponde à região patagônica. Esses índios habitavam o Uruguai, o pampa argentino e o rio grande do sul. Os Charrua se alimentavam de frutos e da caça, eram semissedentários, se locomoviam pelo território conforme a estação do ano. A densidade populacional era baixa devido ao clima gelado. As interações dos Charrua com os Guaranis aconteciam com frequência, ainda que, algumas vezes aconteciam conflitos.
Em relação ao idioma, não há registros de nenhuma língua que estes índios falavam, até onde se sabe a língua que eles falavam deixou de ser usada.
O modo de vida dos Charrua sofreu muitas mudanças com a chegada dos portugueses e espanhóis na América, especificamente ao sul do continente.
Para melhorar as condições de vida das regiões onde se instalavam, os Charrua transformavam o meio físico com práticas como a construção de cerritos, formados a partir do acúmulo de peixes, crustáceos e resíduos orgânicos. Os cerritos também eram usados como cemitérios, os corpos eram dispostos cuidadosamente e objetos do falecido eram enterrados com ele, prática que comprova a crença Charrua na existência de vida após a morte.
Para serem mais rápidos, os jovens precisavam correr atrás de avestruzes e trazer uma pena. Como característica dos povos indígenas, andavam nus e usavam para cobrir-se, um manto formado por pequenas peles mais ou menos retangulares, cosidas com fibras de origem animal, chamado quillapí. Os Charrua tinham um temperamento bastante retraído e a sua vaidade expressava-se basicamente nas pinturas faciais que diferenciavam uma tribo da outra e nos homens, pelas cicatrizes feitas intencionalmente nos próprios corpos para dar a conhecer o número de inimigos mortos.
As armas que usavam eram flechas com ponta de pedra talhada, azagaias curtas, também com pontas de pedra