Certo e errado na linguistica

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É muito complicado determinar “certos” e “errados” na língua falada. Em todo e qualquer idioma existem certas expressões, gírias, sem tradução literal para outro idioma, ou um significado devidamente concreto. Assim, os gramáticos querendo ou não, muitas vezes são forçados a aceitar que tais palavras muitas vezes passem a constar nos dicionários, ferindo de certa forma, a norma culta padrão e seus “admiradores”.
No Brasil, um país de dimensões continentais existem quase tantas divergências linguísticas quanto palavras no dicionário. Exageros à parte, dificilmente alguém verá um nordestino conversando com um sulista, cada um com seu devido sotaque e vocabulário específico, e ambos saírem da conversa com clara compreensão sobre o que foi dito. Nessas horas vê-se a importância do esclarecimento da realidade linguística do país onde vivemos. Constantemente, no Brasil, neologismos vão surgindo, assim como a abreviação falada de certas palavras. Isso é um fato histórico, que vem desde a colonização, desenhando toda a história de nossa língua. Porém, a grande maioria das pessoas com certo grau de conhecimento dessa gramática normativa, ao deparar-se com alguém cometendo erros grotescos de fala, terá logo em seguida a ideia de que tal pessoa é menos inteligente, menos capaz, inferior a quem usa mesmo que de forma coloquial, o padrão gramatical. Gerando dessa forma o preconceito linguístico. Algo que existe com muita intensidade, mas que pouco é reconhecido.
Pensando nisso, autoras do livro didático de língua portuguesa, “Por uma Vida Melhor”, para educação de jovens e adultos, aprovado pelo MEC, resolveram esclarecer um conceito: Na língua falada, não importa se é dito “Nós vai na praia hoje.” ou “Nós vamos à praia hoje”. Não importa se é dito “pobrema” ou “problema”, se é usado “agente vamos” ou “nós vamos”. Se a mensagem desejada foi passada com clareza, o papel da língua foi cumprido, que é o de fazer-se entender. Essa publicação gerou furor da parte da maioria

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